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O LEÃO DE JUDÁ
NÃO PODE DORMIR:
Por Miriam Klass
O porquê da segurança de Israel
A primeira vez que ouvi falar do Mossad foi em 1973, com a idade de 8
anos, quando imigrei junto com a minha família para Israel. Nessa
época, alguns poucos anos após os ataques a Equipe Israelense nas
Olimpíadas de Munique, lembro ouvir meu pai dizer que nossa viagem
havia sido acompanhada por agentes do Mossad. A segunda vez que
tive contato com alguma informação sobre a Mossad, foi na
adolescência, nos idos de 1982 de volta a Israel, no Programa “A
Classe Brasileira”: um ano de Estudos e Trabalho numa Escola
Agrícola chamada, Ayanot. Ávida por leitura que sou desde a infância
e tendo minha mãe como exemplo, foi através do livro “O espião de
Damasco” de Zwi Aldouby e Jarrold Ballinger, minha gênese. Entre
inúmeros fatos políticos, o livro conta a História de Eli Cohen, um
espião israelense que se infiltrou nas mais altas rodas do mundo
árabe, enviando informações codificadas, fotos etc... que ajudariam
Israel vencer, posteriormente a sua morte, a Guerra dos Seis Dias. Eli
Cohen, no que seria a sua última missão, acabou sendo descoberto,
julgado, condenado e enforcado em praça Pública, na Síria.
Recomendo a leitura!
O primeiro perigo que passei como Judia, sem saber que já era cidadã
Israelense, foi em 1983 no Aeroporto Schiphol, em Amsterdã, quando
viajei com uma camiseta escrita em Hebraico e um Barista, recusou-
se a me atender com um: -“Não atendo Judeus”. Já parecia
justificado pra mim, na época, a utilidade de um serviço de
inteligência que visasse ataque a Judeus.
Como vocês podem perceber a vida na “Judeia” ou na Diáspora,
nunca foi fácil para os Judeus, passando estes por todo tipo de
carnificinas: como pogroms, nazismo etc.… e se um Estado necessita
de uma inteligência como segurança adicional, com Israel não seria
diferente, tendo cidadãos Judeus, dentro e fora de suas fronteiras e
sim, Israel é um Estado Judaico.